...A PACIÊNCIA DE DEUS NÃO TEM LIMITES, MAS HÁ MOMENTOS EM QUE A SUA PACIÊNCIA DÁ LUGAR AS SUAS JUSTAS AÇÕES... Anderson Ribeiro

9 de julho de 2010

Parábola do machado e das árvores Mt 3:10

       Os que ouviram João falar a res­peito do pecado de forma incomparável devem ter lembrado a lingua­gem severa de Elias e de outros pro­fetas do AT. Aqui a linguagem para­bólica de João Batista é vivida e alar­mante, pois "O machado já está pos­to à raiz das árvores" mostra que as árvores já estavam tremendo mes­mo nos galhos mais estendidos. Já que as árvores são consideradas in­frutíferas, o juízo começa a cair e haveria de durar até ser concluído. Um antigo comentarista diz a res­peito de João Batista: "Seu ministé­rio ardia como um forno, e não dei­xou para os fariseus nem a raiz da aliança de Abraão, nem os ramos de suas boas obras; ele os arrancou da aliança de Abraão e, por arrancá-los da raiz, deixou-lhes sem nenhuma terra a que pudessem se agarrar". 
      A raiz de que fala João é a parte em que a árvore e os ramos se fixam e crescem, servindo de parábola de Abraão e da aliança que Deus firmou com ele. Foi essa raiz ou fundação que os líderes judaicos reivindica­ram, quando João lhes resistiu: "So­mos descendentes de Abraão" (Jo 8:33). Por árvore entendemos a des­cendência do tronco de Abraão se­gundo a carne. Infelizmente, porém, o povo judeu tornou-se "árvore má" (Mt 7:17) e corrupta, devendo, por­tanto, ser derrubada. No machado que toca as árvores temos simboli­zados os instrumentos que Deus usou para tratar com aqueles que, a despeito de seus direitos e privilégi­os de Abraão, eram árvores infrutí­feras (SI 17:14). A Palavra de Deus, mais afiada que espada de dois gumes, era o machado que ele usou para derrubar a árvore má e sem fru­tos. "... com as palavras da minha boca os matei..." (Os 6:5). A sua ver­dade é tanto cheiro de vida para a vida quanto cheiro de morte para a morte (2Co 2:16). Mas nesse fato descansamos e nos regozijamos, pois o machado está nas mãos de um Deus justo. Nestes dias de tanta corrupção e infrutividade, o desejo de Deus é fazer de nós seus marte­los e suas armas de guerra (Jr 51:20,24). Cristo, a pedra cortada do monte, é o machado de Deus para destruir os poderes que se opõem ao estabelecimento do seu reino e se põem no seu caminho. SEJA DEUS VERDADEIRO!
  FONTE: Todas as Parábolas da Bíblia de Herbert Lockyer

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