...A PACIÊNCIA DE DEUS NÃO TEM LIMITES, MAS HÁ MOMENTOS EM QUE A SUA PACIÊNCIA DÁ LUGAR AS SUAS JUSTAS AÇÕES... Anderson Ribeiro

9 de julho de 2010

Parábola do Cordeiro e seu fardo Jo 1.29-36


No tema central de seu testemu­nho, qual seja, a pessoalidade do Senhor Jesus Cristo, João usa três termos expressivos em referência a ele: o Cordeiro de Deus, o Filho de Deus e o Noivo; e, dentre todas as apresentações de Cristo a um mun­do arruinado e perdido, essas três nunca foram superadas. Revelam o pensamento do Pai a respeito da obra abrangente de seu Filho, e vie­ram diretamente de Deus para João Batista: "Este é aquele de quem eu falei"; "Eu vi e testifico que este é o Filho de Deus" (Jo 1:33,34). Não se podem negar as três verdades pre­sentes nessas três designações: sua obra expiatória como Cordeiro de Deus, sua divindade como Filho de Deus e o seu advento para os seus como Noivo.
Por duas vezes João fala de Je­sus como Cordeiro de Deus, designa­ção tão imensurável em sua profun­didade quanto clara como cristal em sua simplicidade. Além das 27 refe­rências à figura do Cordeiro no livro do Apocalipse, raras vezes aparece em outros lugares das Escrituras (At 8:32; Is 53:7; lPe 1:19). O dr. G. Campbell Morgan lembra-nos que "Na primeira vez que a palavra 'Cor­deiro' é encontrada na Bíblia, ela vem associada ao sacrifício de Isaque |t..] De séculos distantes, ouve-se o triste clamor do moço ao ser condu­zido para o sacrifício sobre o altar: '... mas onde está o cordeiro para o holocausto?'. A primeira vez que a palavra ocorre no NT é no momento em que o último mensageiro da gran­de nação surgida dos lombos de Abraão por meio de Isaque anuncia às multidões dos filhos de Abraão: 'Eis o Cordeiro de Deus'. Não se tra­ta de mera coincidência. Antes, com­prova cabalmente a unidade do livro. O AT pergunta: '... onde está o cordeiro?'. O NT responde: 'Eis aqui o Cordeiro'".
Na plenitude dos tempos Cristo veio como Cordeiro de Deus, o Cor­deiro sacrificial para ser levado ao matadouro. Não admira que João nos mande ver aquele que veio como dádiva de Deus para um mundo cheio de pecado, numa manifestação do amor de seu coração. Ele era o Cordeiro sem mancha nem defeito; e esse Inocente, mais inocente que. qualquer criança, mais amável que qualquer cavalheiro, compelido pelo amor, mais indefeso que qualquer um. Que mais podemos fazer senão unir-nos ao apóstolo João no seu re­frão que diz: Digno é o Cordeiro, que foi morto" (Ap 4:11; 5:2,9,12)?

Digno é o Cordeiro que foi morto,
clamam,
de ser assim exaltado;
Digno é o Cordeiro, nossos lábios
repetem,
Porque foi morto por nós.

João Batista, na tentativa de ex­plicar o inexplicável, não só revela quem carregou os pecados, mas como foram carregados. O trágico termo "pecado" abrange de forma total e adequada o problema de todos as pessoas em todos os tempos. Não os pecados, os frutos, mas o pecado, a raiz, que indica um estado errôneo da mente e da alma —o pecado em sua totalidade, compreendendo os pecados de todo gênero, número e grau, sem excluir nem sequer um. Desse modo o símbolo de João mos­tra que Deus considera "o pecado" acima de tudo uma "carga ou fardo". Cristo carregou os nossos em seu corpo, no madeiro. Dessa forma o método divino de retirar a insupor­tável carga é referido na mensagem de João Batista que "o transformou de último profeta em primeiro e mais importante evangelista da cristan-dade". A carga foi levantada, carregada, suportada e retirada. O origi­nal traduzido por tira significa "er­guer, levantar, levar, retirar", e é usado nesse sentido 25 vezes no NT. Essa, então, foi a concepção de João acerca da obra expiatória daquele cujo caminho ele preparou, a saber, tirar a iniqüidade dos pecadores. Por que viver "sobrecarregados" (Mt 11:28), se Cristo já carregou o fardo? SEJA DEUS VERDADEIRO!
FONTE: Todas as Parábolas da Bíblia de Herbert Lockyer

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