...A PACIÊNCIA DE DEUS NÃO TEM LIMITES, MAS HÁ MOMENTOS EM QUE A SUA PACIÊNCIA DÁ LUGAR AS SUAS JUSTAS AÇÕES... Anderson Ribeiro

14 de agosto de 2010

LIÇÃO 07 – OS FALSOS PROFETAS

INTRODUÇÃO

          O Antigo Testamento narra, entre outros assuntos, o desenvolvimento do ministério profético, ou seja,  aqueles homens que foram chamados por Deus para transmitirem mensagens divinas à comunidade israelita. Paralelamente à este ministério também surgiram muitos falsos profetas que tentavam por em descrédito os arautos de Deus, tanto em relação ao teor de suas mensagens como também a idoneidade moral e espiritual destes. A lição em apreço, destaca dois casos semelhantes de falsos profetas que mentiram usando o nome do Senhor, são eles: Zedequias (I Rs 22.5-28) e Hananias (Jr 28.2-4,12-15). Ao estudarmos estes e outros casos de falsos profetas, constatamos que Deus não apenas manteve e executou sua Palavra proferida pelos profetas verdadeiros, como também julgou e castigou os falsos profetas e todos que lhes deram ouvidos.

 I - OS FALSOS PROFETAS
          O engano produzido pelos falsos profetas (gr. pseudo prophetes) não é um assunto novo. Moisés tratou do assunto ao falar com os filhos de Israel (Dt 18.21-22). Os falsos profetas eram aqueles que prediziam paz, prosperidade, e segurança para o povo, quando este achava-se em pecado diante de Deus (Jr 15.15; 20.1-6; 26.8-11; Am 5.10). Há numerosas referências no A.T. aos falsos profetas. Por exemplo: quatrocentos deles foram reunidos pelo rei Acabe (II Cr 18.4-7), um espírito mentiroso achava-se na boca destes (II Cr 18.18-22).

1.1 Falsos profetas, sinal dos últimos tempos. Em Mt 24.11, Jesus disse que, à medida que se aproximassem os últimos dias, surgiriam muitos falsos mestres e pregadores, pregando um evangelho misto, permissivo, e deturpado, no intuito de conduzir os incautos ao erro sob a égide de novas “unções” e “revelações”. Estes falsos profetas, entraram na igreja, à princípio, pregando com ortodoxia para se firmarem, mas, quando estabelecidos, abandonaram-na. Este é um sinal para nossos dias, pois, certos “telepregadores” começaram seus ministérios pregando contra o pecado, a promiscuidade, e até mesmo contra a famigerada “teologia da prosperidade”; mas, ao alcançarem fama em âmbito nacional e internacional, passaram à permissividade e se tornaram os maiores expoentes das falsas teologias, vendendo bênçãos, profetizando mentiras, e auto intitulando-se profetas de Deus. Devemos estar atentos contra estes lobos que só pensam em enriquecer, construindo impérios pessoais com a boa vontade e ingenuidade de seus “mantenedores” ou “parceiros” ministeriais.

1.2 Características dos falsos profetas. A Bíblia descreve os falsos profetas das seguintes formas:

· Enganam a si mesmos – Falsos mestres podem ser sinceros, mas, ainda assim, estar errados. Alguns enganam a si mesmos e convencem-se de que a mensagem é verdadeira. Como vemos em Jeremias 23.9-11, tais mensagens provêm de suas próprias mentes, não de Deus.
· Mentirosos – Os falsos profetas são deliberadamente mentirosos e não tem intenção nenhuma de falar a verdade. O apóstolo João diz: “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o Anticristo, o que nega o Pai e o Filho” (I Jo 2.22).
· Hereges – Falsos profetas pregam heresias (doutrinas falsas) e promovem a divisão da igreja. À respeito deles João disse: “Eles saíram de nosso meio; entretanto não eram nossos” (I Jo 2.19). O apóstolo Pedro disse: “Entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição ... blasfemando do que não entendem” (II Pe 2.1,12).
· Escarnecedores – Estes falsos mestres, além de promover falsas doutrinas, também negam a verdade de Deus. Sobre estes, a Bíblia adverte: “Nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências” (II Pe 3.3). O apóstolo Paulo chama-os de “amantes de si mesmos ... presunçosos, soberbos” (II Tm 3.2). Judas chama-os de “murmuradores queixosos” (Jd 16).
· Blasfemos – Aqueles que falam mal de Deus, de Cristo, do Espírito Santo, do povo de Deus, do Reino de Deus e dos atributos de Deus são chamados de blasfemos. Judas qualifica-os como homens ímpios que “dizem mal do que não sabem ... ondas impetuosas do mar ... estrelas errantes” (Jd 10,13). O apóstolo Paulo comenta que ele mesmo era um blasfemo antes de sua conversão (I Tm 1.13).
· Sedutores – Jesus alertou-nos de que alguns falsos profetas fariam sinais de milagres e maravilhas, a fim de seduzir e enganar até mesmo os eleitos, “se possível” (Mc 13.22). Nosso Senhor quer dizer que a sedução espiritual é uma ameaça real até mesmo para os crentes.
· Reprováveis – Este termo significa “reprovados”, “corrompidos” ou “rejeitados”. Paulo utiliza este termo aplicando-o aos que, voltando-se para as trevas espirituais, rejeitam a verdade de Deus. Em consequência, Deus “os entregou a uma disposição mental reprovável” (Rm 1.28-30). Eles, de tal forma rejeitaram a Deus, que se tornaram “cheios de toda injustiça”. São “aborrecedores de Deus”, pessoas tão corrompidas espiritualmente que, apesar de terem consciência de sua situação, não se importam. Na mensagem profética do próprio Jesus, proferida no monte das Oliveiras, somos alertados: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane ... muitos serão escandalizados ... E surgirão muitos falsos profetas e farão tão grande sinais e prodígios” (Mt 24.4,10,11,24). O Senhor alertou seus discípulos sobre os perigos da sedução espiritual nas mãos dos falsos profetas.

II - COMO SABER SE UMA PROFECIA É VERDADEIRA OU FALSA?

As profecias podem vir de três fontes: de Deus, da mente humana, ou do diabo; obviamente, nem toda profecia vem de Deus, ou o apóstolo João não teria escrito: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito: antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas tem saído pelo mundo afora.” (I Jo 4.1). Há pelo menos nove princípios bíblicos para saber se uma profecia é verdadeira ou falsa:

2.1 O propósito da profecia é edificar, exortar e confortar (I Co 14.3). Edificar é melhorar ou fortalecer, exortar é encorajar, e confortar é consolar.

2.2 A profecia deve estar de acordo com a Palavra de Deus! Todas as verdadeiras profecias vem do Espírito Santo que é o autor da Bíblia. Qualquer mensagem que não se coadune com a Bíblia deve ser rejeitada.

2.3 A profecia deve produzir frutos e ser confirmada com conduta e caráter. Qualquer profecia que não é seguida de retidão e justiça, é um espírito demoníaco de religiosidade. Alguém que profetiza e não tem palavra, vive em imoralidade, em irresponsabilidade financeira, em mentira, ou coisas desta natureza é um falso profeta.

2.4 Se uma profecia contém predições que não se realizam, é falsa. Em Dt 18.22 diz: “Quando o tal profeta falar em nome do SENHOR, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o SENHOR não falou; com soberba a falou o tal profeta; não tenhas temor dele.”

2.5 Se uma profecia se cumprir e promover a desobediência contra Deus ou à sua Palavra, não é uma profecia verdadeira. A Bíblia diz em Dt 13.13: “Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti e te der um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos, porquanto o SENHOR, vosso Deus, vos prova, para saber se amais o SENHOR, vosso Deus, com todo o vosso coração e com toda a vossa alma.”

2.6 A verdadeira profecia produz liberdade, não escravidão. Em Rm 8.15 diz: “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.” Qualquer forma de controle sobre outra pessoa por intimidação, manipulação, ou domínio não vem de Deus.

2.7 A verdadeira profecia produz avivamento. Quando inspirada pelo Espírito Santo, a profecia traz vida espiritual à reunião dos crentes. Se uma profecia vem para destruir o culto de adoração, não é de Deus.

2.8 A verdadeira profecia tem o testemunho veraz do Espírito Santo. Em I Jo 5.6b diz: “Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus Cristo; não só por água, mas por água e por sangue. E o Espírito é o que testifica, porque o Espírito é a verdade.”

2.9 Qualquer profecia que se cumpre, mas, não glorifica a Deus não é verdadeira.

CONCLUSÃO

         Estamos vivendo dias em que falsos profetas tem proliferado, manifestados pelo agente do erro, Satanás, que a qualquer custo quer enganar a Igreja do Deus Vivo através de falsos ensinos, heresias, inovações doutrinárias, e “novas unções”, etc. Urge a necessidade do ensino bíblico e ortodoxo, para rechaçar os enganadores, e conduzir o povo de Deus à santidade, à adoração, e ao avivamento, o qual é anelado por todos os verdadeiros cristãos ao redor do mundo, que preparará a Noiva do Cordeiro, para o maior evento do cronograma divino: o Arrebatamento da Igreja!

REFERÊNCIAS:

· Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal – 2004 – CPAD
· Bíblia de Estudo das Profecias – 1ª Edição 2001 – ATOS
· Bíblia de Estudo Pentecostal – 1995 – CPAD
· Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica – Tim Lahaye & Ed Hindson – CPAD – 2ª Edição 2009
· Verdades Pentecostais – Antônio Gilberto – 2006 – CPAD.

FONTE: http://www.redebrasildecomunicacao.com.br/?rbnpg=ebdDetalhes&ebdFile=151

Seja Deus Verdadeiro!

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